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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Exceções ao Diagrama de Linus Pauling

No Diagrama de Pauling, a distribuição energética, quando a última camada termina em d4 e d9 a penúltima camada doa elétrons para ela.


Ex: Cromo (Numero atomico:24)

Distribuição seguindo o diagrama seria

1s2, 2s2,2p6,3s2,3p6,4s2,3d4

Mas o CORRETO é:

1s2, 2s2,2p6,3s2,3p6,4s1,3d5

Repare que na penúltima camada houve uma transferência de 1 elétron para a ultima camada.

Na realidade, a razão é a seguinte: A Cromo (Cr) está incluso num grupo de elementos cuja configuração é anômala à apresentada por Linus Pauling, ou seja, à exceção à regra. Elementos cuja configuração eletrônica termina em s2d4 alteram sua configuração para s1d5 e elementos cuja configuração eletrônica termina em s2d9 alteram sua configuração eletrônica para s1d10

Resumidamente, isso ocorre pela busca de estabilidade, pois, na configuração s2d4, você tem o subnível s totalmente preenchido, mas o subnível d com 4 elétrons desemparelhados(em elevado grau de instabilidade), logo um elétron é cedido do subnível s para o subnível d, permanecendo os dois em semi-preenchimento (com grau de estabilidade maior do que na situação anterior. O mesmo se aplica a configuração s2d9, que abandona o preenchimento total do subnível s para o preenchimento total do subnível d, permanecendo o s em semi-preenchimento (grau de estabilidade maior).

Fonte: http://www.amigonerd.com/diagrama-de-pauling-irregular/

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Distribuição eletrônica de íons

Distribuição eletrônica de íons

Distribuição eletrônica de íons 
Linus Pauling criou um diagrama de distribuição eletrônica que serve tanto para átomos neutros como para íons
No texto Distribuição Eletrônica no Diagrama de Pauling, você aprendeu a realizar a distribuição eletrônica dos átomos no estado fundamental, quando possuem a mesma quantidade de prótons e elétrons, sendo neutros.
Por meio das instruções a seguir, você aprenderá como realizar essa mesma distribuição eletrônica no diagrama de Pauling no caso de íons.
Íons são átomos de elementos que ganharam ou perderam elétrons e ficaram carregados eletricamente. O cátion é o íon que perdeu um ou mais elétrons e ficou com carga positiva. Já o ânion é o íon que ganhou um ou mais elétrons e ficou com carga negativa.
A carga elétrica do íon corresponde à diferença entre o número de prótons (cargas positivas) e elétrons (cargas negativas). Por exemplo, se um cátion apresenta a carga 1+, quer dizer que ele perdeu um elétron. Sabemos disso porque ele ficou com um próton a mais, isto é, com uma carga positiva a mais.  Se a carga for 2+ , ele perdeu dois elétrons e assim por diante.
Por outro lado, se a carga for igual a 1-, quer dizer que o átomo recebeu um elétron e se tornou um ânion. Se a carga elétrica for 2-, ele ganhou dois elétrons e assim sucessivamente.
Esses elétrons que são perdidos pelos ânions saem do último nível de energia, da camada de valência, que é a camada mais externa. O mesmo vale para os elétrons que são recebidos.
Assim, a distribuição eletrônica dos íons é feita de forma semelhante à dos átomos neutros, com apenas uma diferença:
Regra para distribuição eletrônica de íons
Por exemplo, considere o cádmio, que no estado fundamental possui 48 elétrons, portanto a sua distribuição eletrônica é dada por:
Distribuição eletrônica do cádmio no estado fundamental
A distribuição eletrônica do átomo de cádmio em ordem energética, segundo o diagrama acima, fica assim: 1s2  2s2  2p 3s 3p6  4s2 3d10 4p6  5s2  4d10.
Se fôssemos fazer a distribuição eletrônica do cátion bivalente desse elemento (Cd2+), teríamos que retirar 2 elétrons da última camada eletrônica, que é o 5s2:
Distribuição eletrônica do cátion cádmio no diagrama de Pauling
Distribuição eletrônica de Cd2+ em ordem energética: 1s2  2s2  2p 3s 3p6  4s2 3d10 4p6    4d10.
Agora vamos ver um caso envolvendo um ânion:
  • 53I1-
Primeiro fazemos a distribuição eletrônica para o átomo de iodo no estado fundamental, isto é, com 53 elétrons, que em ordem energética fica assim: 1s2  2s2  2p 3s 3p6  4s2 3d10 4p6  5s2  4d105p5.
Distribuição eletrônica do iodo no estado fundamental
Agora acrescentamos o elétron ganhado no último nível e subnível, que é o 5p:
Distribuição eletrônica do ânion iodeto no diagrama de Pauling
Distribuição eletrônica de 53I1- em ordem energética: 1s2  2s2  2p 3s 3p6  4s2 3d10 4p6  5s2  4d105p6.
No caso de não caber a quantidade de elétrons no subnível mais externo, passa-se para o próximo subnível.
No caso dos cátions, se não houver elétrons suficientes para serem retirados do subnível mais externo, retira-se a quantidade que falta do subnível anterior.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Informações sobre o HPV

Vacina contra HPV (quadrivalente)

Imunização protege homens e mulheres do câncer

O que é a vacina contra HPV

Existem duas vacinas contra o HPV, a vacina contra os HPVs 6, 11, 16 e 18, mais conhecida como quadrivalente, protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, evitando o câncer cervical (colo do útero), vaginal, câncer vulvar e câncer anal, além da verruga genital. Ela foi adotada no Brasil pelo Ministério da Saúde desde março de 2014 para proteger mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos. 
Há também a vacina bivalente que protege contra os HPVs 16 e 18,. Ela é aprovada no Brasil para mulheres a partir de 9 anos. 

As vacinas protegem contra: 

 70% de cânceres e lesões pré-cancerosas de colo do útero 
87% de cânceres e lesões pré-cancerosas de ânus; 
44% de cânceres e lesões pré-cancerosas de vulva; 
56% de cânceres e lesões pré-cancerosas de vagina; 
90% das verrugas genitais.

 A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. 

 A duração da imunidade conferida pela vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, desde 2006. Até o momento, só se tem convicção de cinco anos de proteção. Na verdade, embora se trate da mais importante novidade surgida na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso delimitar qual é o seu alcance sobre a incidência e a mortalidade do câncer de colo do útero. 

A vacina contra HPV não substitui a realização regular do exame de citologia, Papanicolaou (preventivo).

Doenças que a vacina previne

De acordo com o Centro para Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o HPV é responsável por 100% dos casos de câncer do colo do útero, 91% dos casos de câncer anal, 75% dos casos de câncer de vagina, 72% dos casos de orofaringe,69% dos casos de câncer de pênis.

Indicações da vacina contra HPV

A Anvisa recomenda a vacinação para mulheres a partir dos nove anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção, uma vez que a resposta imunológica é cerca de 2 a 3 vezes maior em jovens com menos de 14 anos. Homens entre nove e vinte e seis anos de idade, em função do risco de câncer anal, também recebem indicação para a vacinação. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação sexual, pois ela não garante total proteção contra o vírus, uma vez que a transmissão pode ocorrer por meio do contato pele a pele entre as regiões genitais descobertas.

Grávida pode tomar essa vacina?

Por ser uma vacina desenvolvida recentemente, ainda não existem estudos científicos suficientes que garantam a segurança da vacinação para grávidas. Por isso, esta vacina ainda é contraindicada a gestantes. Apesar disso, nenhuma malformação fetal foi detectada em filhos de mulheres que não sabiam que estavam grávidas quando receberam a vacina. Quanto à amamentação, não há restrições.

Doses necessárias da vacina contra HPV

A aplicação atualmente é feita em duas etapas. A segunda dose é aplicada depois de seis meses da primeira.

Antes o esquema previa três doses, sendo a segunda dois meses após a primeira e a terceira quatro meses depois. A mudança foi feita pois estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

Administração da vacina contra HPV

 A vacina contra HPV é administrada através de Injeções intramusculares.                                                                                      

Contraindicações

Fora a restrição de idade - que acontece porque a Anvisa permite apenas a aplicação da vacina em públicos onde estudos clínicos comprovaram sua eficácia - e as pessoas que são alérgicas a algum componente da medicação, ainda não há outras contraindicações.

Efeitos adversos possíveis

Também não há evidências de efeitos colaterais, apenas possíveis desconfortos locais, como edemas e dor onde a injeção foi aplicada. Estudos também indicam não haver risco na aplicação dessa vacina em conjunto com a da hepatite B. Por conta do medo da dor e outras questões como jejum prolongado, locais quentes ou superlotados, permanência de pé por longo tempo e fadiga, a orientação é vacinar adolescentes sentados e observados por 15 minutos antes de serem liberados.

Onde encontrar a vacina contra HPV

A vacina contra o HPV começou a ser distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014 e atualmente é dada a meninas de 9 a 13 anos. Em 2015, a vacinação foi ampliada para meninas de 9 a 26 anos de idade que vivem com HIV. Para meninas e mulheres a partir de 14 anos e meninos de 9 a 26 anos, a vacina está disponível apenas na rede privada. Alguns convênios médicos cobrem esta vacina no sistema particular de saúde. Consulte sua operadora para ver se o seu plano oferece essa cobertura.
Fontes: http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16665-vacina-contra-hpv-quadrivalente