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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Vírus zika - Transmissão, sintomas e prevenção

Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e chikungunya, pode transmitir também o vírus zika. Aprenda sobre o modo de transmissão do vírus, os principais sintomas e como se proteger deste micro-organismo associado a doenças neurológicas graves 


O vírus zika
O vírus zika, semelhante ao da dengue e da febre amarela, tem causado vários surtos da doença pelo mundo desde 2007, atingindo, além do Brasil, principalmente a Polinésia Francesa e Nova Caledônia, arquipélagos do Oceano Pacífico. O Aedes aegypti, transmissor do vírus, pode ser facilmente identificado pela população por apresentar listras em preto e branco nas patas, visíveis a olho nu. Particularmente agressivo, ele é responsável pela transmissão de doenças como a dengue e a chikungunya

Transmissão do vírus zika

O vírus é transmitido principalmente pelo Aedes, que atua como vetor, isto é, o vírus é inoculado no inseto. O mosquito carrega o vírus sem ser afetado, transmitindo-o através de suas picadas. Assim como em outras doenças similares, apenas a fêmea do mosquito pica humanos e transmite doenças. 

Além disso, o vírus também pode ser transmitido por via sexual, com casos comprovados nos Estados Unidos, França e Chile, entre outros países. Outros vias de contágio ainda estão sendo estudadas pelos pesquisadores. 

Sintomas e complicações da zika

Embora a doença ainda seja em parte desconhecida, os sintomas de uma infecção por zika mais comumente observados são febre baixa, erupções cutâneas, dores articulares e/ou musculares e conjuntivite. Geralmente, um caso é considerado suspeito no momento da apresentação dos dois primeiros sintomas acima mencionados e pelo menos dois outros sinais. 

Apesar destas indicações, cerca de 80% dos casos de infecção pelo vírus zika são assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas. Como em muitas ocasiões, o paciente não sofre complicações, a doença passa despercebida e o indivíduo sequer sabe que esteve infectado. 

Complicações neurológicas podem ocorrer e exigem vigilância máxima. De maneira já comprovada estão a síndrome de Guillain-Barré, em adultos, e a ocorrência de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central em bebês que foram infectados por gestantes com a doença. Além disso, outros problemas, como a mielite também podem estar associados ao vírus zika. 

Zika e microcefalia

O recente surto da de microcefalia no Brasil, concentrada principalmente nos estados da Região Nordeste, também acendeu o sinal de alerta de autoridades de saúde em todo o mundo sobre um outro efeito bastante perigoso do vírus zika. Ao infectar mulheres grávidas, especialmente no primeiro trimestre de gestação, o vírus favorece o desenvolvimento de microcefalia entre os bebês. A malformação corresponde a um diâmetro do crânio do recém-nascido menor do que a média, o que dificulta o desenvolvimento cognitivo da criança. 

Pouco estudado por cientistas por, até então, não comprometer em grande medida a saúde de seus portadores, o vírus zika tende a ser alvo nos próximos anos de muitas pesquisas para que se determine melhor como se dá a relação entre uma infecção e a ocorrência da microcefalia e outras malformações em bebês. Atualmente, já há mais de 30 universidades e centros de pesquisa trabalhando na tentativa de se criar uma vacina contra o vírus, alguns deles no Brasil. 

Tratamento da infecção por zika

Assim como para a dengue, não há tratamento antiviral ou vacina contra o zika. O tratamento se baseia unicamente no combate aos sintomas, prescrito de acordo com evidências encontradas. É altamente aconselhável consultar um médico em caso de febre. 

Prevenção da zika

Para evitar a proliferação do Aedes e transmissão da doença, é aconselhável eliminar as larvas do mosquito regularmente, esvaziando potes com água parada , cobrindo tanques e protegendo da chuva equipamentos de jardinagem ou outros materiais que possam acumular água. O uso de mosquiteiros e roupas longas ajudam a prevenir picadas. O uso de repelentes de pele também é aconselhável, depois de procurar aconselhamento médico. 

Cuidados de gestantes

O surto de microcefalia no Brasil deve fazer com que grávidas tomem ainda mais cuidado com o vírus zika. Para isso, é recomendado que as gestantes utilizem repelente mesmo quando permanecerem em casa, reforçando o produto a cada 90 minutos. O uso de mosquiteiros e roupas longas é ainda mais aconselhável nesse grupo. Para aquelas que não vivem em regiões afetadas pelo surto de zika, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de não viajar para áreas com circulação e transmissão autóctone do vírus. 

Zika vírus é transmissível de outras 4 formas além da picada

Como você provavelmente já sabe, o zika vírus encontrou no mosquito Aedes aegypti a sua principal forma de transmissão. O inseto é o mesmo que carrega os micro-organismos causadores da dengue e da chikungunya.
Mas, além desse vetor, existem estudos que apontam que a doença pode ser passada de outas 4 formas. Ainda não se sabe exatamente quais são as chances de que esses tipos de contaminações aconteçam, pois os estudos sobre o zika vírus ainda são poucos e pouco abrangentes, mas, mesmo assim, é importante que você conheça esses riscos e mantenha-se alerta.
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A relação foi inicialmente explorada pelo site do jornal carioca O Globo. Fomos mais fundo para explicar a relação. Veja a seguir.

Transmissão sexual

Um caso de transmissão do zika vírus através do sêmen foi relatado na literatura em 2011. A contaminação aconteceu no Senegal, mas o paciente só sentiu os sintomas em casa, nos Estados Unidos. Quatro dias depois ele notou a presença de sangue no sêmen e, no mesmo dia, sua esposa passou a ter sintomas da febre zika. A mulher não deixou seu país e teve relações sexuais com o marido sem proteção um dia após seu retorno. A doença foi confirmada por exames, mas a presença do vírus no sêmen não foi investigada.

Transmissão pelo líquido amniótico

O meio de transmissão do zika da mãe para o filho ainda no útero (o que causa a microcefalia) ainda não está totalmente claro. Mas um estudo com gestantes de fetos com microcefalia mostrou a presença do micro-organismo no líquido amniótico, que circunda o bebê dentro da barriga. É provável que o vírus atravesse a barreira placentária – responsável por proteger o bebê de infecções – para contaminar o bebê.
Gestantes precisam redobrar os cuidados com o zika.

Transmissão pelo leite materno

Cientistas da Polinésia Francesa – país que enfrentou um surto de zika no ano de 2013 – fizeram um estudo com duas mães diagnosticadas com o vírus e seus respectivos bebês, que também tiveram a doença. Foi encontrado RNA de zika no leite materno, mas a transmissão através da amamentação não foi confirmada.
Apesar disso, os responsáveis pelo estudo sugerem no artigo que a amamentação seja considerada um meio de infecção até que essa possibilidade seja totalmente descartada.
Vale lembrar que a transmissão após o nascimento do bebê não oferece o mesmo risco que aquela que acontece dentro do útero e pode causar microcefalia.

Transfusões de sangue

Muitas doenças transmitidas por mosquitos podem também ser passadas por transfusões.
Os cientistas polinésios detectaram o vírus também em reservas de sangue destinadas a transfusões. O principal desafio, nesse caso, é o fato de os sintomas demoram alguns dias para aparecer, gerando um intervalo de tempo em que a pessoa acredita estar saudável e apta a doar sangue. Apesar do vírus estar presente nas transfusões, nenhuma pessoa que recebeu o sangue com zika desenvolveu a doença.
Fontes: http://www.bolsademulher.com/saude/zika-virus-pode-ser-transmitido-de-mais-4-formas-alem-de-picada-de-mosquito-conheca
http://saude.ccm.net/faq/3616-virus-zika-transmissao-sintomas-e-prevencao

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